O Pai Universal não é uma força transitória, nem um poder que muda, nem uma energia que flutua. O poder e a sabedoria do Pai são totalmente adequados para arcar com toda e qualquer exigência do universo.
À medida que surgem, as emergências da experiência humana foram todas previstas por Ele e, desse modo, Ele não reage aos assuntos do universo de uma forma isolada, mas sim de acordo com os ditames da sabedoria eterna e em consonância com os mandados do juízo infinito.
A despeito das aparências, o poder de Deus não funciona no universo como uma força cega. Situações surgem nas quais parece que medidas de emergência foram tomadas, que leis naturais foram suspensas, que desajustes se fizeram reconhecer e que um esforço está a ser feito para endireitar a situação; mas não é esse o caso. Tais conceitos de Deus têm a sua origem no alcance limitado do nosso ponto de vista, na finitude da nossa compreensão e na abrangência limitada do nosso exame; essa má compreensão de Deus se deve à ignorância profunda que temos, em relação a tudo que concerne à existência de leis mais elevadas nos reinos, à magnitude do caráter do Pai, à infinitude dos Seus atributos e ao exercício da Sua livre vontade.
As criaturas planetárias, que são resididas pelo espírito de Deus, amplamente espalhadas por vários locais nos universos do espaço são quase infinitas em número e ordem; os seus intelectos são tão diversos, as suas mentes tão limitadas e por vezes tão grosseiras, a sua visão é tão reduzida e localizada que é quase impossível formular generalizações de leis que exprimam de um modo adequado os atributos infinitos do Pai e que, ao mesmo tempo, sejam compreensíveis, em qualquer grau, por tais inteligências criadas. Por conseguinte, muitos dos atos do Criador Todo-Poderoso parecem ser arbitrários, isolados e,não raro, até desalmados e cruéis, para nós, criaturas.
Todavia, novamente eu vos asseguro que isso não é uma verdade. Todos os feitos de Deus são plenos de propósito, inteligentes, sábios, bondosos e eternamente atentos ao bem maior, nem sempre apenas de um ser individual, uma raça específica, um planeta determinado ou mesmo de um determinado universo; mas sim, atentos ao bem-estar e ao maior proveito de todos os seres envolvidos, desde os mais baixos aos mais elevados.
Nas idades do tempo,algumas vezes, o bem-estar de uma parte pode parecer diferente do bem-estar do todo; no círculo da eternidade essas diferenças aparentes não existem.
Somos todos parte da família de Deus e devemos, portanto, algumas vezes, compartilhar da disciplina da família.
Muitos dos atos de Deus, que tanto nos perturbam e confundem, são resultado das decisões e ditames finais da onisciência, que autorizam o Agente Conjunto a executar, segundo a escolha da vontade infalível da mente infinita, de modo a fortalecer as decisões da personalidade da perfeição, cujo exame, visão e solicitude abrangem o bem-estar mais elevado e eterno de toda a Sua
vasta e ampla criação.
Assim é que o nosso ponto de vista, isolado, parcial, finito, grosseiro e altamente materialista, junto às limitações inerentes à natureza do nosso ser constituem um impedimento tal que nos tornam incapazes de ver, compreender, ou conhecer a sabedoria e a bondade de muitos dos atos divinos, os quais nos parecem carregados de uma crueldade esmagadora, de uma indiferença extrema, tanto ao conforto e ao bem-estar, quanto à felicidade planetária e à prosperidade pessoal das criaturas, companheiras vossas.
É em conseqüência das limitações da
visão humana, do nosso entendimento restrito e da nossa compreensão finita, que nos equivocamos sobre os motivos e
deturpamos os propósitos de Deus. Contudo, muitas coisas ocorrem nos mundos evolucionários, que não são feitos pessoais do Pai Universal.
A onipotência divina está perfeitamente
coordenada aos outros atributos da personalidade de Deus. Em geral, o poder de Deus, nas Suas manifestações espirituais no universo é limitado apenas por três condições ou situações:
1. Pela natureza de Deus; especialmente pelo Seu amor infinito; pela verdade, a beleza e a bondade.
2. Pela vontade de Deus; pelo Seu ministério de misericórdia e pelo relacionamento de paternidade com as personalidades do universo.
3. Pela lei de Deus; pela retidão e justiça da Trindade eterna do Paraíso.
Deus é ilimitado em poder, divino em natureza, final em vontade, infinito em atributos, eterno em sabedoria e absoluto em realidade. Mas todas essas características do Pai Universal estão unificadas na Deidade e universalmente expressas na Trindade do Paraíso e nos Filhos divinos da Trindade.
Por outro lado, fora do Paraíso e do universo central de Havona, tudo o que pertence a Deus é limitado pela presença evolucionária do Supremo, condicionado pela presença eventiva do Último e coordenado pelos três Absolutos existenciais: o Absoluto da Deidade, o Absoluto Universal e o Absoluto Inqualificável.
E a presença de Deus está limitada desse
modo porque essa é a vontade de Deus
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